Quando era menina, nunca imaginaria que ensinar seria uma das minhas grandes paixões, ainda mais agora ligado a experiência com as Artes.
Minha mãe, Luzia Penha Camata, grande Pedagoga e Educadora, sempre me apresentou a Educação como algo de extrema importância para as conquistas o desenvolvimento de um ser humano consciente, criativo e ativo na sociedade.Percebo isso cada vez que encontro cada aluno e posso orientar nas suas descobertas em uma técnica específica ou no seu processo criativo.
Nas fotos, orientações no atelier ABRA com alunos de pintura, desenho e em especial aula de modelo vivo, sempre são uma surpresa maravilhosa. Alunos especiais fazem parte também da minha caminhada e com certeza me dizem como a Arte é a vida, é o olhar, é a ação que comunica de forma abrangente e integral.
É maravilhoso vivenciar tudo isso!
Com três obras da série "Retrato de Egydio, participo com grande alegria 1º Salão de Artes Visuias de São Caetano do Sul.
http://mapadasartes.com.br/saloes.phpDepois de muitos anos sem este importante salão da região do ABC, esta reabertura vem marcar presença com obras sofisticadas que mostram a qualidade da produção da região. Mais de 150 incritos resultaram em 42 participantes selecionados pelos juízes Douglas Negrisolli e Carla fatio a exposição teve abertura no dia 14 de julho e vai até o dia 08 de setembro, Vale a pena conferir.
Com duas exposições sendo finalizadas, ainda cheia de contas prá pagar e cansada, é preciso reorganizar o pensamento.....
A sensação é de vazio... ou de desconstrução. Ao mesmo tempo de conquista, de espaço! Sentimento dúbio este que alcança o artista, quando a visão global de sua obra, ou o trajeto do processo criativo de desmembra para quase se transformar em outra coisa.
Coisa esta que vai se relacionar com as outras pessoas de outra forma, num outro tempo, num outro espaço. Obra que só vai existir se for compartilhada e integrada com o outro, pois se não, do que valeria??
Por mais que se tente imaginar os rumos agora, é sempre uma surpresa, tendo como ponto de partida, algum rastro ou trajetória já iniciada.
A busca, o desafio, a surpresa, o erro, o acerto, o recomeço...
Ouvidos atentos nas frases que ouço na rua, olhares sensíveis nas atitudes das pessoas, nas coisas pequenas, singelas e lindas que Deus nos mostra todos os dias irão com certeza me ajudar a a tentar traduzir a vida em arte!
Porque é assim: toda história tem um fim, mas na vida , todo final é um novo começo!
Mostra Coletiva, onde participo com a Obra " Para que eu não me perca" na Casa do Olhar Luiz Sacilotto, em Santo André, do dia 26 de Fevereiro a 03 de março.
O trabalho surgiu do processo de criação no laboratório do núcleo ABRA de arte contemporânea, o qual faço parte e a obra foi exposta pela primeira vez em novembro de 2011, na Galeria ABRA.
Minha proposta é uma interferência no espaço expositivo Casa do Olhar, acompanhada de performance registrada em fotos e um filme com 25 minutos, mostrando o processo de trabalho.
Com dimensões variáveis faço a ocupação imediata interna e externa, com linhas vermelhas estendidas, partindo de pontos fixos distintos. O site specific traz uma reflexão, não apenas como referência estética ou plástica, mas incorpora o próprio ambiente, respeitando a arquitetura do espaço, tornando-o ativo e não mais passivo.
O mais interessante na montagem deste trabalho, é a relação com o público que passa pelas ruas. Curiosas atentam para o carretel nas minhas mãos enquanto eu desenrolo a linha vermelha. Algumas se desviam, outras se afastam, e dificilmente perguntam alguma coisa. Quando abordadas com a pergunta: " Você está perdido?", o olhar é de surpresa, gerando uma inquietação e incômodo visívies.
Normalmente as crianças são as que tem menos bloqueios para se envolverem com a performance, e as perguntas partem delas: " O que você está fazendo?" e eu respondo: " é para eu não me perder". "ahhh, que bonito!!! olha mãe..."
No mínimo divertido e realizador esta descoberta com o público.
Nesta minha primeira mostra de 2012, com a pesquisa e o processo de trabalho recentes, discorre sobre a memória de outra pessoa.
www.douglasnegrisolli.com/angelacamata
No espaço de Convivência Gambalaia, lugar de passagem para artistas que queiram ver o que acontece com a arte contemporânea na Cidade de Santo André, a exposição "entre alguns meios" passa pelo olhar atento do curador Douglas
Negrisolli com apresentação de texto curatorial , descrevendo as diversas possibilidades na minha produção.
Apresento desenhos, filme, fotografias e instalação, sendo pesquisas que me permitem sempre explorar
um campo desconhecido, correndo os riscos necessários que o trabalho
esteja sempre vivo.
O conjunto da obra traz uma reflexão de objetos de uso cotidianos e lugares que se perdem quando alguém se vai; "quando as flores adormecem... adormecem as flores... se vai...vai. "
A abertura está marcada para o dia 26 de janeiro, às 19h30 Rua das Monções, 1018, Vila Guiomar - Santo André, com horários definidos para visitação, e fica até dia 04 de março. Para maiores informações consulte www.gambalaia.com.br